E como tudo na vida, começou como uma idéia. Então este seria um paralelo, entre tudo o que acontece no Brasil e nos Estados Unidos, sendo o primeiro nossa “hometown” e o segundo o lugar onde nós duas “bumped into each other”. Um paralelo entre as duas metrópoles New York City e São Paulo, e um paralelo do que acontece na vida dessas duas city girls.
quinta-feira, novembro 10, 2011
The strange rhythm of rain
quarta-feira, julho 20, 2011
Breve nota sobre o sumiço and BJ/ AJ
Antes ou depois de Jersey, existe apenas uma coisa que não mudou em minha vida: a falta de tempo. Sim o mesmo e velho problema. O tempo cronológico, este tal relógio que nunca nos deixa parar. Antes de Jersey eu costumava trabalhar e estudar, professora de Educação Infantil e estudante de Letras na USP, imaginem os milhões de projetos: dia das mães, pais, índio, dia das crianças, dia da bandeira (WTF?) tudo era motivo pra fazer um projeto, que a Soraya tinha que deal with, e inventar alguma moda. Agora imaginem os milhares de textos teóricos e literários que um estudante de Letras precisa ler, Literatura Portuguesa, Brasileira, a tal da Linguística, and so on and so forth, além de ir a igreja com assiduidade, e ser responsável pela Escola Bíblica Infantil e todas as funções que fui adquirindo com o tempo sem perceber. That was me, before Jersey.
Depois de Jersey, sim, muitas coisas mudaram, eu diria quase que completamente. A igreja deixou de fazer parte da rotina diária, ou semanal, (anual? not sure yet) os amigos adquiriram um papel importante, terminar a faculdade prioridade, estágio e trabalho, e iniciação científica, fazer ou não fazer, eis a questão, e outras paixões surgiram ou resurgiram, o Francês, a yoga, a boa música, e o que fazer com o tempo? Back home (or at least the general notion we have from home) decidi juntar o útil ao agradável, dar aulas de inglês e continuar trabalhando com crianças. Uma das coisas que eu mais adoro na vida, sim, dar aula para os pequenos. Eles são chatinhos as vezes, sim, mas na grande maior parte do tempo, eu me divirto, eu aprendo, recebo os melhores abraços, os beijos mais carinhosos, as frases mais engraçadas saem de lá, "tie my shoes, excuse me please" é simplesmete priceless! Mas como nem tudo na vida é diversão, e a vida de grown up requer sempre mais e mais, começei a dar aulas para adultos, e da-lhe aulas a noite, e da-lhe aulas particulares nas horas vagas, e era uma vez o meu tempo livre.
Ok, eu confesso, a minha vida de au pair foi quase que férias prolongadas, eu sei que essa não é a realidade de muitas au pairs que trabalham suas quase 12 horas diárias, mas Thank God, eu tinha muito tempo livre e todas as vantagens que uma lucky au pair poderia ter. Isso não significa que tenha sido sempre um mar de rosas, of course not, but I did have a wonderful time.
A idéia deste blog foi manter estes dois mundos paralelos, o que foi super exciting no início, mas a vida foi ficando cada dia mais corrida, e quando não se está na sala de aula dando aula se está preparando a próxima aula, e ai vem família e amigos (I’ve got to have a life, right?) e o blog se tornou a última coisa a passar pela minha cabeça, I mean, eu queria escrever, mas estava sempre cansada e o que deveria ser fun se tornou um peso, I felt guilty for not writing, e como já tinha abandonado as minhas aulas de Francês, a minha yoga, podia abandonar o blog também, why not?
Um belo dia em Paraty, sim, a minha epifania deu-se em Paraty, eu fui lembrada sobre o porquê deste blog, a razão pela qual eu escrevo e muito provavelme a razão pela qual você, my fellow, irá ler, mesmo que inconscientemente, mesmo que até hoje você nunca tenha parado para se perguntar porque você lê tanta bullshit.
Well, Laura Restrepo, autora Colombiana convidada para a Flip, para os desavisados, Flip stands for Festival Internacional de Literatura em Paraty, anyway, esta autora definiu o ato de narrar de forma muito peculiar: "Escrevemos para perdoar. Para de alguma maneira perdoar a dor das lembranças. A narração é isso." E talvez seja mesmo esta a razão pela qual aqui escrevo.
Caryl Phillips, outro autor convidado, definiu Literatura com as poucas e simples palavras seguintes: “Literature is a mirror which helps us to see ourselves.”
E estas foram as razões pelas quais decidi not to give up on this, escrever, para mim, tem este caráter libertador, lidar com as memórias, de forma nostalgica, talvez, mas de uma forma gostosa também, rindo e aprendendo com os meus erros de percurso, (shit happens, right?) perhaps preventing some of you of making the same mistakes e talvez encontrar o meu path através deste mirror. When Oswald de Andrade raised the question: "Tupi or not tupi?", he knew what we was talking about. Tupi is the answer!
And here I go again. Tudo em paralelo.
segunda-feira, julho 11, 2011
BJ/AJ part 2
segunda-feira, maio 30, 2011
BJ/AJ
to be continued, by her. But I'm preparing more, from me.
quarta-feira, maio 25, 2011
Dolce far niente
sexta-feira, maio 13, 2011
Virei Notícia.
terça-feira, abril 26, 2011
April showers
segunda-feira, março 21, 2011
The official change of seasons
This weekend the world saw the biggest full moon in decades, which has sealed the change of seasons. One’s man happiness is another man’s sadness, our summer is officially over and a new season has begun in the north hemisphere as well, there comes the spring.
Spring has always been my favorite season. I was born on the first day of spring and ever since my mother used to tell me that I was a flower, so I have always made this connection between my birthdays and the flowers’ season which used to make my birthdays and the seasons even more exciting. Well, I can just say that birthdays are not that exciting any longer. Spring is always going to be very welcome in my life but the getting older part, some will say wiser, well it still does not attract me much.
Talking about attractiveness, if we were to think of the words itself, spring and fall in English, the idea of spring is much more attractive in so many ways. You don’t even have to check an etymological dictionary to agree with it, fall gives the idea of coming down, from a higher to a lower position while spring immediately brings the opposite idea, to move upward or forward. I couldn’t help but wonder, what can be so bad about fall after all?
If things can fall into place, if we start associating fall with something that doesn’t involve a dramatic falling down episode, perhaps we can get a whole new meaning to the word, to the season, to life and actually fall in love with the season and whatever it is that it will bring.
So let’s welcome fall with a spring attitude, as if it were spring, as if it were summer, so here comes the fall, and I say…
It’s alright.
sexta-feira, março 18, 2011
The real verb to be
sábado, fevereiro 12, 2011
The space between
Um dos meus lugares favoritos em New York City é, definitivamente o MOMA – Museu de Arte Moderna, na West 53 street, e com certeza o MASP não poderia deixar de ser um dos meus lugares favoritos aqui na Paulista, pela sua arquitetura talvez, que é fascinante, mas ainda assim o meu museu favorito em São Paulo, eu diria ser a Pinacoteca do Estado. É necessária que se faça aqui uma confissão, eu não entendo muita coisa sobre Arte. Fiz um curso optativo de História da Arte na ECA, que no final do semestre acabou se tornando um curso de História da Greve, sim, essas coisas acontecem na USP, mas tenho com as artes plásticas a mesma relação que tenho com a Literatura, ela me comove, me ensina, me deleita, simples assim.
Once upon a time, uma bela sexta-feira a tarde no meu ano de au pair, feriado judeu, consequentemente, feriado para mim, um dos dias mais incríveis que tive em NYC. As sextas-feiras o MOMA é grátis a partir das 4:00 da tarde. Vida de au pair, short money, e a tão esperada free Friday. Foi a minha primeira visita ao MOMA. Decidi acordar cedo e aproveitar o dia, o tempo estava agradável, era o Ano Novo judeu, fim do verão e começo do outono, um belo dia para um picnic no Central Park. Desci na Penn Station e fui visitar, também pela primeira vez, a NY Public Library, o tipo de passeio que ninguém ia querer fazer comigo anyway. A visita a Public Library arruinou os meus planos de picnic no Central Park, não podia entrar na biblioteca com o meu sanduíche e os meus snacks, jurei para o segurança que não ia abrir a backpack dentro da library, he didn’t care, trash it. And so I did. Se você não é um grande fã de literatura, mas como eu é fã de Sex And The City, já teve a oportunidade de ver a library por dentro. Sim, é nesta biblioteca que a Carrie Bradshaw deveria casar com o Mr. Big, se ele não tivesse freaked out no último minuto, no primeiro filme. A biblioteca é simplesmete linda, really inspiring, e para a minha surpresa tinha um exemplar do nosso querido Machado de Assis, realmente vale a visita. Uma opção pra quem não vai curtir o passeio é dar uma passadinha na Quinta Avenida e ver a biblioteca por fora mesmo, a entrada principal é linda, e ao lado do Bryant Park, onde com certeza vai encontar alguém tocando música ao vivo e é também gostoso assistir a infinidade (e diversidade) de pessoas que passam por ali. Podia ter pensado nisso antes e fazer o picnic ali mesmo. Mas lá fui eu, “sandwicheless” para o
E um belo dia, de volta a vida real no Brasil, trabalhando, estudando, correndo feito louca, tenho a bela notícia de uma mostra sobre o Andy Warhol no Brasil. Sim. O Mr. America, na Pinacoteca do Estado. Desta vez eu queria a companhia dos amigos, mas todo mundo estava bem ocupado, eu também estava, faculdade, trabalho, licenciatura, e como todo bom brasileiro acabei deixando para ir no último dia, o último dia da exibição. Realmente não fui a única a deixar para os 45 minutos do segundo tempo, a maior fila da história das minhas andanças por museus. E foi nesta época que me apaixonei, não somente pela Pop Art do Mr. America mas também por suas frases, seus pensamentos que estavam everywhere na exposição.
Ultimamente venho pensando muito sobre a noção de realidade e fantasia do Andy, e lembro de ter ficado puzzled quando vi a citação que dizia “"I don't know where the artificial stops and the real starts." Well Mr. America, neither do I. Como delimitar esta linha entre o que realmente está acontecendo e aquilo que é fruto somente na nossa imaginação, do nosso desejo, da nossa interpretação dos fatos? O que é real, nas nossas relações humanas contemporâneas? Quantos dos nossos amigos são realmente amigos? Uma pessoa que você conhece apenas pela internet pode parecer a pessoa mais real, e te conhecer mais do que qualquer outra, e realmente saber as suas true colors, enquanto uma outra que está ali na sua frente e por não ter facebook ou orkut parece ser tão irreal, e você duvida se ela é a pessoa que diz ser, já que você não pode checar o seu profile, amigos, preferências. O que é real dos reality shows? Porque o banal se tornou tão fascinate?
Segundo Warhol, "People sometimes say that the way things happen in the movies is unreal, but actually, it's the way things happen to you in life that's unreal. The movies make emotions look strong and real, whereas when things really do happen to you, it's like you're watching television -- you don't feel anything. E talvez este seja um sentimento compartilhado por muitas daquelas que tiveram a experiência de au pair, não saber mais distinguir o real da fantasia. Você mora numa casa, que não é sua, dirige um carro, que é não é seu, cuida de crianças, que não são suas, com todo o seu amor e dedicação, e brinca de ser mãe por um tempo. Você fica perdida e faz amigos que em pouco tempo se tornam amigos de infância. Então você volta para uma casa, que é sua, um carro que é seu, uma família que é sua, e você ainda se sente out of place. E muitos dos seus mais novos amigos de infância voltam pra casa também, cada um em um estado diferente, outros decidiram ficar onde estavam. Então você pode viver a sua vida real e fingir que nada aconteceu, como muitos ou “... in your dream America that you’ve custom-made from art and schmaltz and emotions just as much as you live in your real one."
E assim como a amizade, também o amor, "fantasy love is much better than reality love”. E nos meus dias melancólicos vou ouvir Dave Matthews band e me perguntar: como descobrir o espaço entre o real e o imaginário? The space between New York and São Paulo, o espaço entre o MOMA e a Pinacoteca, o português e o inglês, the space between wrong and right, your heart and mine.domingo, janeiro 30, 2011
Entre a Times Square e a Paulista
E por fim, o carnaval. Já tive a experiencia de participar de uma comemoração do equivalente americano no lugar menos improvável: uma escola judia. Oi? sinistro,eu sei,mas aqui em New jersey, por exemplo, há várias famílias judias que celebram o Purim. Talvez esteja pecando aqui em comparar, já que esse feriado comemora a salvação dos judeus e o carnaval comemora...comemora o que mesmo? ah o que eu to querendo dizer é que as crianças se fantasiam e dançam umas músicas hebraicas. Grreeeat!
domingo, janeiro 16, 2011
Let it snow and let it shine
Turns out I did have to stay home and watch tv the whole day.
Since I asked my host dad to order the brazilian channel Globo, I spend most of my (tv shows orphan) nights watching it, not because I like it, but because I'm addicted and somehow it makes me feel closer to Brazil. And now my snow days. Lately I've been homesick, and I blame it on winter and the cold, making me want to enjoy a day at the beach, to feel the sun on my face and to relax in Fortaleza's warm sea, eating whatever food could not be found in the US.
Boy,maybe this week I'm glad I'm not there, it was my first thought when I heard that the summer rain were ruining my friends weekends. It was when I turned the channel on and saw that it had been raining for days and a lot more than 2days getaways had been ruined. In the meantime, it snowed again outside my window. If only the water there could freeze.
Watching the 'tsunami that felt from the sky', as one of the victims described it, I cried and cried, mostly out of remorse. How could I be mad about the snow when liquid water washed away towns, cars, houses and lives? How can I let winter make me sad ? Paradise turned into hell in minutes. Rivers turned into a sea of mud, destroying from the small weak favela houses to the three-floored mansions; dragging car, buses, houses, bridges, roads. I felt sick every time I saw the dead poll rise. Over 200, over 300, over 600,so far. So far.
.
All the pictures, the videos, the interviews shocked me and made me try to imagine what is like to lose everything. To lose everybody, like a woman that lost 11 relatives. And lose to nature. It's unthinkable and surreal, it's one of those things you cannot see it happening to you or anyone you know.Like the journalist Evaristo Costa said about going through a panic rush after some idiot spread a rumor that another flood was about to happen: "Just think of that nightmare you have that you're sunbathing at the beach and suddenly you see a huge wave in the horizon, coming in your direction, faster than you could ever run". I wonder if it's anything like the fear you feel when you can't find a kid in a mall for one minute, I add, and make that minute hours.
The time now it's not for blaming the old or new president, or the skies, or the accelerated and disordenated growth of the favelas - by the poor, or of the illegal occupation of the mountains in Teresopolis - by the rich. Or even the climate changes like global warming. Not when there are still thousands of people isolated. It's time for mutual support, and we brazilians can sure do that well.
It's surreal, it's sad, but I had to say something about it. I had to say let it snow here and let the sun shine there. My thoughts and prayers to you, Rio.
terça-feira, janeiro 11, 2011
A primeira merda do Ano Novo
Sim, confesse, você também prometeu para você mesmo não cometer os mesmo erros do ano passado. Não perder tanto tempo com bobagens (ou perder mais tempo com bobagens), fazer exercícios físicos, fazer aquele curso que você queria há tanto tempo, não fumar mais (ninguém aguenta mais ter que ficar do lado de fora da balada com você enquanto você fuma), guardar uma grana, investir em alguma coisa, não cair na conversa mole daquele cara que parece ser super legal mas tem aquela carinha de jerk.
E você começou muito bem, all hopeful, fazendo tudo direitinho, passando mais tempo com a família, se divertindo com os amigos, fazendo caminhada, procurando novos rumos para sua vida profissional, mas, eis que chega o belo dia, a primeira merda do Ano Novo. O primeiro cigarro que você fumou, afinal se estressou, quem não se estressa com o trânsito de São Paulo? Brigou com aquele seu amigo, damn it, você até tentou ser mais tolerante, perdeu a data de inscrição do curso de francês, ou pode ser uma merda ainda maior, como cair na conversa daquele cara, o que tem cara de jerk.
Sim, acreditou que ele ia mesmo te ligar depois daquele jantar de negócios, ficou um tempão enrolando na Livraria Cultura (afinal é um dos seus lugares preferidos na Paulista) só que a livraria fecha às 22:00 horas. Tudo bem, você poderia enrolar mais um pouquinho no seu outro lugar preferido, ali pertinho da Paulista, se não tivesse caído a chuva do século. Você é obrigada então a ficar ali embaixo do toldo com mais duas pessoas perdidas e uns turistas que achavam tudo lindo e tiravam fotos fretenicamente, talvez nunca viram uma chuva daquelas na vida e talvez realmente achem Skol a melhor cerveja do mundo. Checa o seu celular, ainda nenhuma ligação, nenhuma mensagem. Ok, admit it my friend, you’ve been stood up. E a chuva do século não vai parar nem tão cedo, então você decide que é a hora de correr na chuva mesmo, porque você não pensou nisso antes e estacionou mais perto? Como tudo na vida tem um lado bom, pelo menos você tinha um guarda-chuva, conseguiu chegar no seu carro e acabou tendo uma noite super agradavél na casa daquela melhor amiga, ah os amigos, e vai começar o ano lendo os livros que você queria tanto ter lido no ano passado.
Não importa qual tenha sido a primeira merda, nem tudo está perdido, o seu lindo sapatinho novo talvez sim, mas foi apenas a primeira merda do ano, shit happens, right? Só para que você recorde que prometeu fazer diferente desta vez, não importa se em São Paulo ou em Jersey ou em qualquer outro lugar, como disse o poeta é dentro de nós que o Ano Novo cochila e espera desde sempre. E dizem que nunca é tarde para começar não é mesmo? As resoluções de ano novo ficam valendo a partir de agora, trying to keep up, trying to do it differently, still hopeful that 2011 will be just amazing.