Paralelo
E como tudo na vida, começou como uma idéia. Então este seria um paralelo, entre tudo o que acontece no Brasil e nos Estados Unidos, sendo o primeiro nossa “hometown” e o segundo o lugar onde nós duas “bumped into each other”. Um paralelo entre as duas metrópoles New York City e São Paulo, e um paralelo do que acontece na vida dessas duas city girls.
sábado, maio 05, 2012
quinta-feira, novembro 10, 2011
The strange rhythm of rain
quarta-feira, julho 20, 2011
Breve nota sobre o sumiço and BJ/ AJ
Antes ou depois de Jersey, existe apenas uma coisa que não mudou em minha vida: a falta de tempo. Sim o mesmo e velho problema. O tempo cronológico, este tal relógio que nunca nos deixa parar. Antes de Jersey eu costumava trabalhar e estudar, professora de Educação Infantil e estudante de Letras na USP, imaginem os milhões de projetos: dia das mães, pais, índio, dia das crianças, dia da bandeira (WTF?) tudo era motivo pra fazer um projeto, que a Soraya tinha que deal with, e inventar alguma moda. Agora imaginem os milhares de textos teóricos e literários que um estudante de Letras precisa ler, Literatura Portuguesa, Brasileira, a tal da Linguística, and so on and so forth, além de ir a igreja com assiduidade, e ser responsável pela Escola Bíblica Infantil e todas as funções que fui adquirindo com o tempo sem perceber. That was me, before Jersey.
Depois de Jersey, sim, muitas coisas mudaram, eu diria quase que completamente. A igreja deixou de fazer parte da rotina diária, ou semanal, (anual? not sure yet) os amigos adquiriram um papel importante, terminar a faculdade prioridade, estágio e trabalho, e iniciação científica, fazer ou não fazer, eis a questão, e outras paixões surgiram ou resurgiram, o Francês, a yoga, a boa música, e o que fazer com o tempo? Back home (or at least the general notion we have from home) decidi juntar o útil ao agradável, dar aulas de inglês e continuar trabalhando com crianças. Uma das coisas que eu mais adoro na vida, sim, dar aula para os pequenos. Eles são chatinhos as vezes, sim, mas na grande maior parte do tempo, eu me divirto, eu aprendo, recebo os melhores abraços, os beijos mais carinhosos, as frases mais engraçadas saem de lá, "tie my shoes, excuse me please" é simplesmete priceless! Mas como nem tudo na vida é diversão, e a vida de grown up requer sempre mais e mais, começei a dar aulas para adultos, e da-lhe aulas a noite, e da-lhe aulas particulares nas horas vagas, e era uma vez o meu tempo livre.
Ok, eu confesso, a minha vida de au pair foi quase que férias prolongadas, eu sei que essa não é a realidade de muitas au pairs que trabalham suas quase 12 horas diárias, mas Thank God, eu tinha muito tempo livre e todas as vantagens que uma lucky au pair poderia ter. Isso não significa que tenha sido sempre um mar de rosas, of course not, but I did have a wonderful time.
A idéia deste blog foi manter estes dois mundos paralelos, o que foi super exciting no início, mas a vida foi ficando cada dia mais corrida, e quando não se está na sala de aula dando aula se está preparando a próxima aula, e ai vem família e amigos (I’ve got to have a life, right?) e o blog se tornou a última coisa a passar pela minha cabeça, I mean, eu queria escrever, mas estava sempre cansada e o que deveria ser fun se tornou um peso, I felt guilty for not writing, e como já tinha abandonado as minhas aulas de Francês, a minha yoga, podia abandonar o blog também, why not?
Um belo dia em Paraty, sim, a minha epifania deu-se em Paraty, eu fui lembrada sobre o porquê deste blog, a razão pela qual eu escrevo e muito provavelme a razão pela qual você, my fellow, irá ler, mesmo que inconscientemente, mesmo que até hoje você nunca tenha parado para se perguntar porque você lê tanta bullshit.
Well, Laura Restrepo, autora Colombiana convidada para a Flip, para os desavisados, Flip stands for Festival Internacional de Literatura em Paraty, anyway, esta autora definiu o ato de narrar de forma muito peculiar: "Escrevemos para perdoar. Para de alguma maneira perdoar a dor das lembranças. A narração é isso." E talvez seja mesmo esta a razão pela qual aqui escrevo.
Caryl Phillips, outro autor convidado, definiu Literatura com as poucas e simples palavras seguintes: “Literature is a mirror which helps us to see ourselves.”
E estas foram as razões pelas quais decidi not to give up on this, escrever, para mim, tem este caráter libertador, lidar com as memórias, de forma nostalgica, talvez, mas de uma forma gostosa também, rindo e aprendendo com os meus erros de percurso, (shit happens, right?) perhaps preventing some of you of making the same mistakes e talvez encontrar o meu path através deste mirror. When Oswald de Andrade raised the question: "Tupi or not tupi?", he knew what we was talking about. Tupi is the answer!
And here I go again. Tudo em paralelo.